Por que DESIGN?, por Mauricio Lelis

Por que DESIGN?
Cresci cercado pela ficção: de Monteiro Lobato a Moebius, passando pelos quadrinhos da Marvel e DC que gravaram marcas profundas em minha mente. Comecei a ilustrar e percebi que uma das formas mais fantásticas de re-criar a realidade era com o lápis e papel, desenhando, rabiscando, prototipando. Depois passei a escrever e projetar pequenas coisas. Dai decidi que seria a invenção o meu futuro (sempre incerto).

Como começou a trabalhar com DESIGN?
No início do meu segundo grau, comecei a ler sobre design (depois de muitos livros de ficção científica e quadrinhos:). À medida que avançava na escola técnica percebia (e acreditava) que, as outras dimensões além do técnico-matemático para modelar soluções, eram papel do designer. O uso do computador me ajudou a perceber (sobretudo no que diz respeito à produtividade e acertividade), e o acesso à internet selou isto .

Decidi que iria trabalhar profissionalmente, e comecei como muitos: fazendo por conta própria, estudando, me aperfeiçoado, passando pelas fases necessárias de execução; até entender que trabalhar com design é algo complexo demais, delicado demais, e que seu exercício não cabe em qualquer lugar da mesma forma que os livros e as universidades ensinam, pois ele é vivo e precisa se moldar ao contexto sócio-histórico-econômico. Considero que começo a trabalhar com design quando me volto a este pensamento; que deve ter surgido há mais de uma década.

Você sairia da Bahia para trabalhar? Por quais motivos?
Não tenho apego algum à terra, mas sim às pessoas da terra. Sairia e devo sair em breve. Já há algum tempo trabalho para clientes de fora da capital e de fora do estado; hoje prospecto para fora. O ambiente sócio-econômico da Bahia não é favorável para o design que se lê nos livros, que se aprende nos cursos e na academia, e que se vê nas empresas de fora daqui. É preciso repensar e re-inventar as dimensões do design (a cada instante) para viver da Bahia, na Bahia. Este é o grande desafio (e muito difícil) para quem fica(rá) aqui.

Qual livro você recomendaria a leitura:
Dos nacionais, eu gosto muito dos livros de Rafael Cardoso; são essênciais. E há algum tempo li um livro sobre Design Research chamado “Design Research Now-Essays and Selected Projects”; os profissionais deveriam se interessar mais por este assunto, ao menos durante sua formação.

Uma citação que você gosta:
Existe uma que me acompanha, como um sinal gravado em minha mente: “Os caminhos que conduzem o homem ao saber são tão maravilhosos quanto o próprio saber”, é de Johannes Kepler.

Um projeto de DESIGN que você admira:
Eu considero o Arduino um projeto dentro do domínio do design. Ele está permitindo que as pessoas possam criar seus próprios hardwares e experiências de I|O, como soluções, de maneira que poucos projetos na história permitiram. Gosto de soluções em design que permitem recriar o próprio design, mais que o projeto de algo a ser embalado e consumido até um prazo de validade especificado.

Um profissional de DESIGN que você admira:
Difícil citar um apenas. Mas considero sobremaneira aqueles que foram além do trabalho “hands on” e registraram sua forma de pensar o design em obras que se tornaram clássicas. Um deles é Alan Cooper.

Um conselho para quem está começando:
Seu trabalho não fará sentido se não sentir prazer em fazê-lo; se não gerar coisas que lhe orgulhem, mais difícil vai ser se sentir feliz e completo com ele.

Onde te encontrar:
fb.me/mjlelis @mjlelis ixdassa.posterous.com

 

Fonte: http://www.designbaiano.com.br/por-que-design-por-mauricio-lelis/

Gestão Estratégica do Design

“Você precisa ir além da usabilidade para um design ótimo. Ele também precisa ser desejável”

A frase acima é a maior lição contida no livro “Gestão Estratégica do Design” para especialistas em design, estudiosos e profissionais. Um lembrete para aqueles que trabalham com experiência do usuário, ou que estão seguindo por este caminho.
Além dela, o que resta para aquele público é um enorme exemplo de como pulverizar casos de sucesso inquestionáveis na adoção do design de experiência como conceito total.

[TED Conference] David Kelley: como construir sua confiança criativa

Sua escola ou local de trabalho é dividido entre “criativos” versus pessoas práticas? Certamente, David Kelley sugere, a criatividade não é domínio apenas de um grupo privilegiado. Contando histórias de sua lendária carreira como designer e sobre sua própria vida, ele oferece maneiras de construir a confiança para exercer a criatividade…

Palestra sobre Design de Interação e Novas Tecnologias [Gratuito]

Nó próximo dia 29/09 estará acontecendo na Unifacs uma Palestra sobre Design de Interação e Novas Tecnologias, que será ministrada pelo Laert Yamazaki (@laert). O Evento marca o Circuito Unifacs e será gratuito.

Boa oportunidade para aprender mais sobre Design de Interação e Experiência do Usuário.

A palestra visa promover a conscientização do valor do Design de Interação e das Novas Tecnologias; Apresentar  o UXClub Salvador, um clube de leitura e discussão voltado inicialmente para User Experience mas também Pesquisa em Design, HCI,  negócios relacionados à disciplina do Design, metodologia, usabilidade, ética profissional.

Local:

Sala 204 do PA-9

Data:

29/09/11

Horário:

15:00

Ecofont | economize até 20% de tinta

Se você é como eu que deixa como default (padrão), a opção ‘rascunho’ para impressão, essa dica é interessante. Uma empresa holandesa chamada SPRANQ desenvolveu uma fonte chamada ecofont, que contém pequenos furinhos e prevê economia de tinta de até 20%, sem prejudicar a leitura.

 

Ela é baseada na fonte Vera Sans.

 

 

 

Como ser um UX Designer

O blog The design decision tem um post que trata das principais características que um Designer de Experiência do Usuário (UX Designer) precisa ter. A principal característica abordada é de que não é imprescindível formação em Design

Good UX Designers don’t need Design School

Para necessita de algumas habilidades e competências genéricas, tais como:

  • Curiosidade

Ser curioso é muito importante para uma área onde são projetados novos serviços e produtos. Teste, use e observe tudo que está ao seu redor.  Mesmo que seja só para tomar conhecimento.

  • Interesse no comportamento humano

Sempre se coloque no lugar do outro. Procure entender melhor o que as pessoas podem precisar. Dominar um pouco de psicologia humana é um grande diferencial. Ouvir e interagir pessoas é importante. Projetamos para seres humanos e não para máquinas. Cada indivíduo como o seu modelo mental e necessidades específicas.

  • Criatividade

A criatividade é uma característica importante para um profissional de UX Design. Leia, estude e sempre busque referências em qualquer coisa. Criatividade é inovar em cima daquilo que já existe e dar um salto qualitativo. É usar o que funciona pensando nas melhorias que podem ser feitas e mudar aquilo que não está dando muito certo. Alguém duvida que testes são importantes?

Gestão Estratégica do Design: para quem?

(via IxDA Salvador)

“Você precisa ir além da usabilidade para um design ótimo. Ele também precisa ser desejável”

A frase acima é a maior lição contida no livro “Gestão Estratégica do Design” para especialistas em design, estudiosos e profissionais. Um lembrete para aqueles que trabalham com experiência do usuário, ou que estão seguindo por este caminho.
Além dela, o que resta para aquele público é um enorme exemplo de como pulverizar casos de sucesso inquestionáveis na adoção do design de experiência como conceito total.

Consumi o livro de 208 páginas rapidamente, lançado pela m.Books em 2009, após uma visita de fim de semana à livraria.
O livro tem um bom projeto gráfico, bem resolvido com uma paleta de duas cores, e um projeto tipográfico simples, e que cumpre bem seu papel.

Ele não foca “o como” implementar efetivamente, nos mínimos detalhes, uma gestão voltada ao design. Mas revela claramente como grandes empresas inovadoras fazem da visão global do design seu grande diferencial. Mas o autores ( Robert Brunner e Stewart Emery – com Russ Hall) vão além sendo radicais: ou temos a implantação de um design de experiência global na empresa, ou temos a morte.

Definitivamente adorei isso!


O grande valor da obra – voltada para um público empreendedor, de empresários, e coorporativos – está na visão de uma ruptura de paradigma que deve ser adotada para o sucesso como empresa de referência em inovação e qualidade, espelhada em outras grandes empresas de referência na experiência do consumidor/usuário, como BMW, Whole Foods, IKEA e, logicamente, a Apple. No livro, a Apple é tratada, com méritos ( por ser já alguns há anos a mais inovadora empresa do mundo), como a maior referência no processo de adoção do design como um conceito total.

A forma como mostra a percepção geral dos consumidores sobre a Apple, sua história, seus processos de construção e geração dos produtos clássicos como o iPOD dão ao livro o tempero de uma leitura ainda mais interessante.

Por outro lado, sem medo de ser contudente, o autor abre fogo contra outras empresas, inclusive “supostas concorrentes da Apple” como Motorola e Dell, mostrando o quanto suas marcas perdem, mesmo sendo grandes empresas, por não terem internalizado a consciência do design pleno, construindo assim porcarias que fortalecem a ideia de que o design é algo pontual, uma disciplina de capacidades pontuais; e não algo que precisa estar internalizando na cabeça de todos os funcionários e impregnado em todos os processos.

Apesar de não ser um livro técnico, que ensina como introduzir o design na cadeia produtiva da empresa, cumpre seu papel de maneira magistral ao ensinar como inserir o design de maneira definitiva na cadeia de valores de uma empresa. Um livro para multiplicar o valor do design; um excelente presente para clientes.

Após esse parenthesis decidi que essa será minha próxima aquisição. Nesse mês de dezembro será trabalho e mais trabalho, mas assim que estiver mais tranquilo vou devorar essa obra.

Quais livros vocês sugerem?