Fonte: Atarde
Graças ao projeto Ler na Praça, os moradores do bairro de Brotas tiveram, nesta segunda-feira, 11, a oportunidade de colocar a leitura em dia. Cerca de 5 mil livros, entre didáticos e literários, foram disponibilizados para doação.
O projeto é independente e existe há 15 anos, mantido pelo comerciante Lázaro César Planzo Sandes, 53 anos. Ele conta que tomou a iniciativa com o objetivo de disseminar o conhecimento.
“No início, reuni algumas revistas da minha casa e fui até a praça. Chamei umas crianças que estavam brincando na rua, disse que podiam pegar as revistas de graça e elas adoraram. Logo, amigos e conhecidos começaram a me procurar para doar livros e dar continuidade à iniciativa”, contou.
Hoje, Lázaro promove pequenos eventos para fazer a entrega dos livros. A intenção é atrair todo tipo de público, em diferentes bairros da cidade, como Piatã, Plataforma, Amaralina, e Uruguai. Quando tem oportunidade, Lázaro também leva o projeto para cidades do interior como Cachoreia, Irará e Muritiba.
A próxima entrega de livros em Salvador está prevista para 12 de outubro, Dia Nacional da Leitura, mas o local ainda não foi definido.
A dona de casa Nilzene Santana, 38 anos, costuma frequentar a sede do projeto. Desta vez, ela escolheu livros de biologia e de geografia. “Geralmente, procuro por livros didáticos para ajudar os meus filhos na escola. O projeto é ótimo, pois muita gente não tem condições de comprar livros”, elogia.
“Não recebo nenhum incentivo da prefeitura ou do governo do estado. Gasto, por mês, quase R$ 2 mil para manter a sede. Gostaria que o projeto tivesse maior visibilidade, que as autoridades contribuíssem com um apoio mensal”, diz Lázaro.
Como ajudar
Hoje, o comerciante acumula mais de 50 mil livros na sede do projeto. Qualquer pessoa pode contribuir com doações de livros usados.
Segundo Lázaro, basta que o doador vá até a sede na rua Teixeira Barros, nº 12, próxima à Escola de Engenharia Eletro-Mecânica da Bahia, em Brotas.
Se preferir, o doador também pode ligar para o número (71) 9937-1089 e marcar um horário para que algum colaborador da sede vá buscar a doação em domicílio.
“O importante é não deixar o livro parado”, afirma